Uma vez resolvidos os espaços físicos da ausência, a saudade permanece em correria tresloucada no labirinto insondável dos afectos. O sofá vazio deixou pois de constituir um obstáculo em que tropeço na nostalgia do presente. Penso ainda, de mim para mim, O Papá? como se o esperasse ainda, como se voltasse pois, assim sonho de quando em quando. Diz-se, dizem os entendidos nestes assuntos misteriosos da mente, que será o desejo sublimado, a inaceitação da morte, da falta irremediável e outras coisas mais que só eles sabem mas não conhecem talvez, coisas que eu conheço e que nem sempre sei.
Falta-me agora não ter o meu querido pai, não o ver para lhe contar coisas, pequenas vitórias ou derrotas, dizer-lhe o que vi então do mundo e da vida, que agora é Primavera de novo e o azevinho lá de casa, acredito em sua homenagem, se cobriu de bolinhas vermelhas como nunca antes e as estrelícias desabrocharam em leque, essas que eu sei que preferiria no jardim, onde julgava ser a sua casa, e que gosto de lhas levar porque são daqui, um pedacinho de mim, do meu chão, do meu lugar.
Faz-me falta não ter o meu querido pai que sei risonho ao ver-me turista como tantos por esse mundo fora Ai que piada! E ele todo agarrado a ti… acrescentando Olha lá, e o Hélder não ficou assim..?! ciumentito diria então após uma pequena pausa de olhar malandro e imagino a contar-me as curiosidades que tanto o caracterizavam sobre assuntos vários, talvez falar do Ben-Hur, das Férias em Roma, excitado com o Coliseu e as catacumbas, acabando por dizer genuinamente estou tão feliz. Faz-me falta vê-lo feliz e narrar-lhe como foi, descrever-lhe o que vi e senti e observá-lo pondo de lado as fotografias e dizendo Amanhã… , esperando o seu momento tranquilo de levar a alma a viajar pelos lugares das fotografias e encontrá-lo ao outro dia no sofá ou na mesa à minha frente para apenas partilharmos um dia mais, um momento apenas.
Falta-me agora não ter o meu querido pai, não o ver para lhe contar coisas, pequenas vitórias ou derrotas, dizer-lhe o que vi então do mundo e da vida, que agora é Primavera de novo e o azevinho lá de casa, acredito em sua homenagem, se cobriu de bolinhas vermelhas como nunca antes e as estrelícias desabrocharam em leque, essas que eu sei que preferiria no jardim, onde julgava ser a sua casa, e que gosto de lhas levar porque são daqui, um pedacinho de mim, do meu chão, do meu lugar.
Faz-me falta não ter o meu querido pai que sei risonho ao ver-me turista como tantos por esse mundo fora Ai que piada! E ele todo agarrado a ti… acrescentando Olha lá, e o Hélder não ficou assim..?! ciumentito diria então após uma pequena pausa de olhar malandro e imagino a contar-me as curiosidades que tanto o caracterizavam sobre assuntos vários, talvez falar do Ben-Hur, das Férias em Roma, excitado com o Coliseu e as catacumbas, acabando por dizer genuinamente estou tão feliz. Faz-me falta vê-lo feliz e narrar-lhe como foi, descrever-lhe o que vi e senti e observá-lo pondo de lado as fotografias e dizendo Amanhã… , esperando o seu momento tranquilo de levar a alma a viajar pelos lugares das fotografias e encontrá-lo ao outro dia no sofá ou na mesa à minha frente para apenas partilharmos um dia mais, um momento apenas.
Vais-lhe contando as coisas através daqui, e assim tod@s nós podemos partilhar esses momentos também...
ResponderEliminarGosto da foto tirada pelo ciumentito :op E gostei muito de Roma!!
É uma sabina prestes a ser raptada pelo centurião romano!
ResponderEliminarO H. é capaz de ter pensado nisso, Avenalve ;)
ResponderEliminarEle estará feliz, sim, de certeza!
ResponderEliminarEstive em Roma em Junho passado. Conte mais coisas de lá, para reviver através dos seus belissimos textos...sem falar das lindas fotos!
Milucha
Quem sabe não estarão juntos os nossos queridos pais...
ResponderEliminarAcredito e espero bem que sim!
ResponderEliminarMilucha