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sábado, 4 de fevereiro de 2006

Gestos

O toque da campainha pela hora do almoço.
Duas vozes masculinas trocando palavras indecifráveis
à porta de casa.
A expectativa suspensa sobre a mesa.
Um rosto conhecido pela sala dentro.
Um sorriso imenso. Um beijo genuíno. Um abraço grande.
Felicidade pelo reencontro.
Gratidão contida pela generosidade do momento.
Comoção silenciosa pela grandeza do gesto.
Conversa larga e boa.
Pouco passado, muito presente: a saúde, a idade, o mundo, o país, a referência à partida, saudade aqui e ali como pontilhado quase imperceptível numa tela impressionista.
Há amigos que voltam sempre com a luz e ternura de quem nunca se ausentou.
Há amigos que fazem a vida valer a pena.

6 comentários:

  1. Há amigos que fazem a vida valer a pena.
    Não, não...
    OS AMIGOS fazem a vida valer a pena!

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  2. Tens razão, Elsita, mas isto é como o Animal Farm do Orwell: Todos os animais são iguais mas uns são mais iguais que outros...

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  3. Foste apanhada nos estranhos hábitos. Vê o meu blog e responde! :)
    Bjinhos

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  4. Também tenho a sorte de ter amigos assim. :)

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