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sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Extravagâncias

Hoje, quando fui à Tabacaria da aldeia, a conversa rodava em torno do que faríamos, caso fôssemos bafejados pela sorte e o Euromilhões se nos precipitasse no regaço. Eu disse que compraria uma casa no Brasil, por exemplo, uma vez que o custo das passagens aéreas seria então diminuto. A dona acrescentou que podíamos até ir logo, imediatamente, passear, sendo que passear significa viajar. Respondi-lhe que não, agora seria impossível uma vez que tenho aulas. A empregada disse que com tanto dinheiro eu não precisaria de trabalhar, a dona disse que deixaria logo de trabalhar e quando eu disse que não, que não deixaria de trabalhar, a rapariga arregalou os olhos e os restantes olhares presentes na Tabacaria cravaram-se-me pelo corpo fora, quais setas em São Sebastião. Ao que parece toda a gente mandaria o patrão às urtigas, o meu nem isso merece, viveria montada nas notas como o Tio Patinhas, cometeria extravagâncias várias, excentricidades desmedidas, além do próprio sonho, mais e mais longe do que a imaginação consegue comportar mas nenhuma tão estapafúrdia como continuar a trabalhar.

8 comentários:

  1. e, parece que ha uns quantos tolinhos como nos que gostam do que fazem...
    ;P

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  2. É que nem me imagino sem trabalhar...

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  3. Era mesmo isso! Mandar o patrão às urtigas e nunca mais trabalhar.
    Tinha filhos. Muitos, muitos!

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  4. lol
    Como a minha mãe diz É por isso que o mundo não se tomba. Cada um@ com a sua ;-)

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  5. Eu também deixaria de trabalhar no que faço actualmente porque não gosto (nem muito dos patrões :p)
    Mas não virava dondoca, arranjaria o que fazer, algo que me desse mesmo prazer.
    Tb não teria um monte de filhos, apre!!! :o)

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  6. Ficar em casa não!!!! E como gosto do que faço...

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  7. Quem não gosta do que faz...e são tantos portugeses...

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