Páginas

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Lembrete

A evitar nos próximos tempos:

1. beatas
2. ratos de sacristia
3. papa-hóstias
4. padres
5. diáconos
6. acólitos
7. falsos moralistas
8. conselheiros matrimoniais
9. o perímetro da Basílica
10. o pasquim cá da terra
11. a brigada do NÃO.
*
* a ordem é arbitrária, pois claro.

13 comentários:

  1. Eu por mim era a brigada do Nao e a do Sim, podiam ir juntas...
    e nao metas os catolicos e os padres todos no mesmo saco, pf-os padres e companhias muitas vezes limitam-se a reflectir a paroquia: num meio conservador e tacanho ves o conservadorismo e a mesquinhice no seu melhor, ampliado por uma lupa

    ResponderEliminar
  2. ora aí está 1 bom lembrete... acho q o vou utilizar!

    ResponderEliminar
  3. Bom dia, meninas!
    Joana, a brigada do Sim não me irrita tanto como a do Não. Mais uma vez a hipocrisia é algo que me repugna visceralmente e não suporto que por um lado, aleguem que é o príncipio da vida humana que está em causa para depois alardearaem que não querem os seus impostos para finaciar clínicas de aborto. Lisboa está cheia de cartazes desses. Em que ficamos afinal? A vida humana não é o mais importante? Então para quê falar dos impostos?
    Não falei de todos os católicos, obviamente. Conheço católicos íntegros, pessoas boas. O facto de discordarmos neste ponto não belisca minimamente a consideração que tenho por eles, claro. Não gosto mais ou menos das pessoas consoante concordem ou não comigo. Quanto aos padres, desses quero mesmo distância e já há algum tempo. Não acho aceitável a figura do Cardeal Patriarca na mensagem de Natal ou Ano Novo, já não sei, com as criancinhas em fundo. Manipulação pura e dura. E para mim o discurso é bacoco, destituído de bom senso e salazarento. Convinha que a Igreja Católica se lembrasse que estamos no século XXI, por alguma coisa não têm padres.
    Bem-vinda Sofia!
    Beijocas às duas ;-)

    ResponderEliminar
  4. E eu que nunca mais tinha cá vindo, convencidíssima que, com a participação no GR, este estaria desactivado. Afinal não! ;)
    Beijinho

    ResponderEliminar
  5. Não, são conceitos diferentes. Este vai continuar pois.
    Bjs

    ResponderEliminar
  6. O L. se quizeres mando-te uns links para algumas paginas de defensores do sim que ate vomitas com o que la esta escrito. Tenho e que conceder que o campo deo sim normalmente e menos primario e mais sofisticado que o nao, que como bem identificaste tem o problema de ter muito beatorio la a fazer campanha.
    E achas mesmo que o Nao e so defendidido por hipocritas e fanaticos religiosos? No outro referendo votei sim com a maior conviccao e nesta altura nem sei em que votar por um motivo muito simples: comecei a saber um bocadinho mais sobre desenvolvimento fetal e nao sei ate que ponto um feto de 10 semanas com sistema nervoso e cerebro ja existentes ( e que ha bons motivos para supor que ja tem actividade cerebral presente) e actividade cardiaca ja nao e um ser humano. Neste momento nao sei se voto nao ou sim.

    ResponderEliminar
  7. Mas eu não acho que o sim é que está correcto, o que me é visceral é aquele tipo de campanha e os argumentos, particularmente quando dizem que são pela vida. E eu que voto sim, sou o quê? Pela morte? O que me irrita também é que parece que a despenalização implica que se vão fazer abortos a torto e a direito, como se todas as mulheres fossem uns monstros que recorrem ao aborto como quem bebe um copo de água. A questão é a despenalização e com essa eu concordo. Acho bem pior em termos psicológicos para uma mulher fazer um aborto após as dez semanas em caso de mal formação do feto. E quanto ao Não, ainda ontem deram imagens dum hino que fizeram com as criancinhas à frente a cantar. Será que não estão a usar as crinças? O facto de ser despenalizado não implica que se faça por dá cá aquela palha.
    Eu copreendo muito bem que para ti este seja um assunto muito sensível, querida Joana, não acho que todos tenhamos que votar sim, mas o que se está a passar é vergonhoso. Tento manter-me afastada o mais possível daquele tipo de gente e não falo de quem defende o não por convicção, mas de quem o defende porque faz parte com medo do "fim do mundo" que aí virá apenas por esta medida. Eu devo ir arder no inferno porque sou a favor da estanásia e agora do sim... e não me venham que o homem não pode tirar o que deus deu, porque então deus através do filho também ensinou muita coisa e não vejo a beatada praticar nem uma.

    ResponderEliminar
  8. 'Resultado: os holandeses também começaram como nós, depois foram subindo o prazo até aos 9 meses. Agora já matam as crianças cá fora até estas terem dois meses pois consideram que até essa altura continuam tão dependentes das mães cá fora como estavam lá dentro...'

    Esta extraordinária afirmação foi postada ontem no fórum do bookcrossing. Infelizmente, a sua autora não acedeu ao meu pedido para que revelasse a fonte desta (des)informação, mas suspeito que foi a mesmíssima e catolicíssima fonte que provocou um incidente diplomático quando afirmou que os fetos abortados eram servidos em restaurantes na Tailândia (ou em Taiwan, não me lembro). Espero que estas aleivosias cheguem ao conhecimento do governo holandês.

    ResponderEliminar
  9. Essa é linda! A da Tailândia ou Taiwan nunca tinha ouvido. Houve um padre algures que disse que quem votasse no sim era excomungado, acho. Sinceramente esses argumentos irritam-me de tal forma que nem tenho conseguido escrever uma linha sobre outros assuntos. Beijocas

    ResponderEliminar
  10. Ana, eu só ainda não acedi ao teu pedido de revelar a fonte dessa informação que me deram (ou desinformação como tu dizes) porque, tal como lá te disse, recebi-a numa sessão de esclarecimento duma associação e estou a ver onde eles a foram buscar. Não foi nada que eu tivesse visto na net.
    O facto de ser a favor do Não (posição que não tem nada a ver com princípios religiosos) não me impede de aceitar tudo o que me querem impingir (quer da parte do não, quer da parte do sim) mas também acho muita piada as pessoas do sim quererem descartar-se com as posições radicais da igreja católica como se isso fosse motivo suficiente.
    Eu votei não em 1998 e também tive dúvidas na altura por não concordar com toda a alteração que, na altura, se introduziu na lei. Considero que um deficiente tem direito à vida, sim, mas que um desenvolvimento que põe a vida da mãe em risco ´deveria dar-lhe a opção de escolha já que, nesse caso, não fazia sentido trocar uma vida por outra.
    Agora quando me dizem que vão votar sim para acabar com o aborto clandestino dão-me vontade de rir se acham mesmo isso. O nosso Sistema Nacional de Saúde, com longas listas de espera para operações e cirurgias vai dar prioridade ao aborto ou vai antes virar-se para instituições privadas onde o estado poderá ganhar dinheiro com isso e voltamos à questão do dinheiro e do clandestino?
    E quando me dizem que há por aí muitas crianças maltratadas ou abandonadas idem... quem vos disse que são as mães dessas que recorrem ao aborto?
    Ou então que votam sim para as prevaricadoras não irem presas... Não há nenhuma presa! Há incriminadas sim mas nenhuma presa. A penalização é, também, para quem faz disso um negócio, não para quem muitas vezes recorreu a um aborto obrigada pelo companheiro, semi-companheiro ou família que não quer passar vergonha perante a sociedade.
    E porque as 10 semanas e não mais? Porque é menos fácil de aspirar 'a coisa' (já que muitos consideram que não conta como uma vida) porque nessa altura começou a ossificar e depois disso já se tem de cortar às postas e montar o puzzle cá fora para ver se não ficou nada lá dentro?
    É um assunto delicado, eu sei. Até dia 11 continuo à espera que me convençam com argumentos lógicos porque é que hei-de votar sim. Se quiserem tentar, estão à vontade. Até lá.

    ResponderEliminar
  11. Eu, pela minha parte, não tentarei convencer-te. De resto, nem sequer entrei na tua thread no BC para dizer se voto sim ou não e este post não é um apelo a seja ao que for, apenas um lembrete meu, não suficientemente claro, pelos vistos.

    ResponderEliminar
  12. PA, não discuto as tuas convicções, respeito-as, e muito menos tenciono convencer-te seja do que for. Tenho a minha intenção de voto, que não manifestei na tua thread, e vou exprimi-la, é tudo. A afirmação em apreço é outra conversa. Considero-te uma mulher inteligente e informada. Acho estranho que tenhas acreditado numa coisa daquelas. Nenhum país do mundo, que eu saiba, tem o infanticídio consagrado na lei. Nem a China, que com a sua repulsiva política do filho único sanciona na prática o aborto e o infanticídio das meninas, ousa escarrapachar isso em letra de lei. O facto de teres acreditado que um país europeu e ocidental o faria surpreende-me profundamente. E acho que as pessoas que estão na origem dessas 'informações', que as divulgam em 'sessões de esclarecimento' deviam ser identificadas e responsabilizadas.

    ResponderEliminar
  13. Concordo com a Ana. Informações dessas são desinformações e criam preconceitos, criam medos, criam fantasmas e esqueletos nos armários de quem não os tem. Mais: levam a que não se tomem acções importantes hoje pelo que delas poderá derivar no futuro. Se hoje depende de nós legalizar até às 10 semanas, acredito que também de nós dependerá legalizar novos prazos, caso a questão se venha a levantar. Quero acreditar que é nessa democracia que vivo.
    E também quero acreditar que vivo numa democracia que permite que as pessoas decidam por si o que é melhor para elas*. Não acredito numa democracia que me diga que devo viver se já não quero, que devo ter um filho que não posso ou não quero ter, que me diga como devo viver a minha vida. Acredito na liberdade.

    * serve o asterisco para acrescentar, antes que me venham cair em cima, que é ÓBVIO que antes de deve dar informação e educação às pessoas.

    ResponderEliminar

Comments are welcome :-)