E de tronco deitada no colchão, as costas firmes contra o chão, as pernas erguidas em noventa graus e na extremidade algo que sempre tive como meu e que, de repente, desconheço como sempre me ter pertencido. Do meu pai serão os pés que sempre tive como meus. Semelhanças inequívocas. São meus, aqueles pés? São teus. Esses pés com que caminho são os teus. Os mesmos dedos compridos, o segundo levemente maior que o dedo grande, o peito do pé apenas levemente saliente, algo desprovido de carnes, a mesma textura e tom de pele, um osso que sobressai, a mesma covinha no início do tornozelo. Nos teus pés trilho o meu caminho, meu pai, um caminho nosso percorrido com a tua presença em mim.
É isso.
ResponderEliminarQue lindo e que verdadeiro! Um abraço, amiga.
ResponderEliminarE assim o teu pai continua a caminhar por cá :)
ResponderEliminarBjoss
obrigada :-)
ResponderEliminarFoi estranho, estava numa aula de Body Balance e de repente vi os pés do meu pai nos meus.
Também os meus pés são iguais aos do meu pai! Mas nunca tinha pensado assim, como tu o dizes.
ResponderEliminarBeijos
Os meus pés também são iguais aos do meu pai...Até naquela pele que está um pouco comprida entre o segundo e o terceiro dedito e que quase os junta num só....Bem apanhado ;)
ResponderEliminarBeijocas
Uma presença forte e significativa, da cabeça... aos pés.
ResponderEliminarBjinhos.