Páginas

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Monárquicos e Republicanos

E na sequência desta decisão que temos entre mãos, e depois de consultar sites, ter ido às agências de viagens e ter voltado carregada com mais uma quantidade de folhetos para casa, a conversa pela hora de almoço estacionou lá para o lado das Caraíbas. Preços, locais, Havana outra vez e talvez um Cayo, Coco ou Largo, Varadero nem sequer foi uma questão. Eu gostava de voltar a Havana, disse o meu companheiro de viagens e de vida, eu também e de repente logo o plano traçado, íamos ao Floridita, claro, acrescentei, será que ainda lá está aquele homem dos olhos claros? E isto porque em Cuba, há olhos que nos agarram como ímanes, masculinos ou femininos, e dos quais apenas por vergonha ou pudor conseguimos desviar o olhar, são olhos que nos sugam no contraste com a tez morena e a que resistimos nem sabe bem porquê. Perder-se-iam horas talvez contemplando o olhar, sem mais. E o périplo continuou, certamente iríamos à Bodeguita del Médio, mesmo reconhecendo que o melhor mojito que bebemos foi num restaurante em frente ao hotel Las Bullerias. Ainda atarantados pelas longas horas de voo, saímos já tarde, onze e meia talvez, e no ímpeto de me mergulhar na fragrância da hortelã mesclada com o perfume do rum, Havana Club, pois claro, e para apaziguar o calor intenso e húmido que se fazia sentir, tomámos o nosso primeiro mojito a dois. O coração é traiçoeiro, é sabido, ficou-me por apurar se a companhia o teria feito tão sublime ou se naquele local se faziam os melhores mojitos da cidade. E de repente, íamos já a passear no Malecón a esta hora da conversa, quando voltámos atrás e regressámos à Plaza de las Armas. Mas já fomos a Cuba, acrescentei, se fosse outro sítio? Desfiei o rosário das viagens, mais uma vez, com os respectivos preços. Olha, a República Dominicana é que não está caro… Mas também quem é que quer ir para a República? Os monárquicos certamente que não, concluiu a minha mãe peremptória perante a evidência, o que me levantou um dilema com o qual luto arduamente. Tendo em conta que a República Dominicana será o último dos últimos dos ultiminhos destinos de férias, eventualmente nem sequer uma opção a considerar, serei monárquica?

4 comentários:

  1. E viva o Rei ;)
    Eu disso tudo acho que votava no México... também lá quero ir, não só praia mas ver os legados maias...
    Beijos veraneantes :D

    ResponderEliminar
  2. Também já pensámos nisso. Há rei no México? ;-)

    ResponderEliminar
  3. Não serás monárquica, terás bom gosto :) A República sempre me pareceu demasiado de plástico. Uns amigos passaram lá a lua-de-mel e até a falsas ruínas foram, é ao que chega o desplante, falsificam-se ruínas para se pretenderem interessantes.
    O México não, além da simpatia e da beleza natural é recheado de história! Vale a pena, digo eu :) Mas foge de Cancun... A praia é excelente, mas povoada de jovenzinhos "incooooncientes" ;)

    ResponderEliminar
  4. Ainda bem que me compreendes. Nada contra quem escolhe a República, claro, mas se não houver uma parte cultural fico sempre desiludida.
    Bjs

    ResponderEliminar

Comments are welcome :-)