- Seu filho está doido – disse ela, de noite na varanda, sem saber que eu estava escutando.
- Ele não larga os livros. Hoje ele estava abrindo os livros daquela estante que vai cair para cheirar.
- Que é que tem isso? É normal, eu também cheiro muito os livros daquela estante. São livros velhos, alguns têm um cheiro óptimo.
João Ubaldo Ribeiro, Um Brasileiro em Berlim, Editora Nova Fronteira.
- Ele não larga os livros. Hoje ele estava abrindo os livros daquela estante que vai cair para cheirar.
- Que é que tem isso? É normal, eu também cheiro muito os livros daquela estante. São livros velhos, alguns têm um cheiro óptimo.
João Ubaldo Ribeiro, Um Brasileiro em Berlim, Editora Nova Fronteira.
É normal, claro que é normal. Apanho-me sozinha, numa livraria ou em casa e o cheirinho dos livros é como perfume para a alma. Pelo cheiro se identificam: se são novos, ou mais vetustos, se acabaram de sair da gráfica ou estão encafuados num local recôndito, se foram à praia assim cheirarão também, se estiveram ao sol assim libertarão o odor das páginas secas. Os livros não são apenas letras, os livros são também cheiros e nos cheiros reside a memória de quem somos.
Concordo, é perfeitamente normal :-)
ResponderEliminarCompletamente =)
ResponderEliminarCheirar livros faz parte do lê-los. E sobretudo do relê-los, do lembrar de onde os lemos e que cheiros nos guardam *
ResponderEliminarAdoro o cheirinho dos acabados de imprimir :)
ResponderEliminarQuando eu e meu irmão éramos crianças, costumávamos namorar os livros escolares recém comprados antes de começar o ano letivo. Eram momentos muito bons, quando junto com nossa mãe, folheávamos os livros novinhos. Até hoje quando lembro, sinto o cheirinho bom destes livros.
ResponderEliminarOs meus livros são-me íntimos. E eu não falo sobre a intimidade nos blogues ;)
ResponderEliminarBeijocas
E os blogues têm cheiro?
ResponderEliminarBeijos