Dou voltas à escrita como a um novelo colorido à procura do fio primeiro. A textura macia da lã apertada ao meio com uma cinta. Libertemo-la da cinta, não há escrita que resista apertada e procuremos o fio, a ponta do fio a partir da qual se dará forma pelo entrelaçar criterioso dos fios, de um fio, sempre o mesmo que amaranhando por si próprio e rodopiando ao ritmo da escrita ganhará a consistência de que são feitas as estórias.
E a meada que de repente se solta, caprichosa, e os fios que se entrelaçam sozinhos, tricotando-se sem agulhas nem cábula em papel de quadradinhos...
ResponderEliminarQuantas vezes as estórias se constroem sem a nossa intervenção, não é?
beijinho
Verdade, Ana, mas ando em vão à procura do fio... :-)
ResponderEliminarE vais encontrá-lo, tenho a certeza. Eu também ando às voltas com a meada, não consigo juntar fios que façam alguma estória de jeito. Mas hão-de aparecer os fios certos, um dia destes (quando lhes apetecer, só quando lhes apetecer...)
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