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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Partidas

Somos todos imortais até um dia o telefone tocar. Da Teresinha guardo também a memória de quem sou. Sempre presente na vida dos meus pais com carinho e entusiasmo, almoços e jantares em comuns, partilha, comemorações, algumas lágrimas e muitas muitas décadas de vida e de amizade genuína e dedicada, cuidada reciprocamente. Dela guardo o beijo desajeitado e aflito naquele dia de Setembro menino e o beijo luminoso e florido no aniversário que se anunciou afinal ser o último. A ela devo parte do meu amor aos felinos e nela sempre admirei a capacidade de viajante intrépida e incansável, sempre pronta a ir longe, sempre longe, para depois regressar com peripécias e fotografias. Partiu agora para uma viagem de onde não se saberá paradeiro, sem peripécias ou fotografias. Imortais somos sempre até um dia o telefone tocar.

8 comentários:

  1. Somos todos imortais até um dia o telefone tocar.

    Tão verdade, tão verdade... Um grande abraço, Leonor.

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  2. Bela homenagem à Teresinha, que tinha em si uma amiga.
    Um abraço.

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  3. Do outro lado do toque um novo eixo de tempo.

    um abraço

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  4. Beijos grandes e abraço apertadinho.

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  5. Obrigada a tod@s pelas palavras e afecto.

    Beijinhos

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  6. Beijo, Leonor.
    Raio de telefones...

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