Brian: Look, you've got it all wrong! You don't NEED to follow ME, You don't NEED to follow ANYBODY! You've got to think for your selves! You're ALL individuals!
E, todos os anos, a época anunciava-se. No tempo dos dois canais de televisão, Internet inexistente não havia como fugir do peso que se nos instalava na alma sempre que, findo há um tempo o Carnaval, a Páscoa se anunciava deprimente. Música soturna e filmes que se repetiam até à exaustão, a vida de Cristo, a vida e a paixão de Cristo, a vida, a paixão e a ressurreição de Cristo. O Estado é laico, já o era então, mas os canais de televisão não se reconheciam como tal talvez e mesmo que o fizessem impunha-se a contenção da época, eventualmente o gosto e fervor dos espectadores por estas coisas da fé. Muito embora se apregoe que quando não se gosta de algo, pode sempre fechar-se os olhos, desligar a televisão, o rádio, ou virar-se as costas, tal nunca surgiu como opção nesses tempos remotos dos dois canais e de uma idade de pouca autonomia e diversidade à escolha.
O meu filme da Páscoa chegou uns anos mais tarde, não sei exactamente quando, nem interessa para a história, sei que veio para ficar e Páscoa que se quer Páscoa por estes lados é certamente celebrada com A Vida de Brian. Lado a lado com o pão-de-ló e o queijo da serra – há hábitos que não saem nunca – ouve-se Always look on the bright side of life. Pode até ser blasfemo, censurado pelos mais fervorosos cristãos com ou sem sentido de humor, porém, poucos filmes me divertem tanto como a Vida do pobre Brian. Tomado pelo Messias desde o dia em que nasceu, o mesmo do Messias e no estábulo imediatamente ao lado, Brian vai experimentando as agruras de viver com a aura do Salvador numa sátira hilariante do implacável e corrosivo humor inglês. Estar no sítio errado à hora errada nunca foi tão verdade, pobre Brian, contudo, há sempre que olhar para o lado mais sorridente da vida.
E, todos os anos, a época anunciava-se. No tempo dos dois canais de televisão, Internet inexistente não havia como fugir do peso que se nos instalava na alma sempre que, findo há um tempo o Carnaval, a Páscoa se anunciava deprimente. Música soturna e filmes que se repetiam até à exaustão, a vida de Cristo, a vida e a paixão de Cristo, a vida, a paixão e a ressurreição de Cristo. O Estado é laico, já o era então, mas os canais de televisão não se reconheciam como tal talvez e mesmo que o fizessem impunha-se a contenção da época, eventualmente o gosto e fervor dos espectadores por estas coisas da fé. Muito embora se apregoe que quando não se gosta de algo, pode sempre fechar-se os olhos, desligar a televisão, o rádio, ou virar-se as costas, tal nunca surgiu como opção nesses tempos remotos dos dois canais e de uma idade de pouca autonomia e diversidade à escolha.
O meu filme da Páscoa chegou uns anos mais tarde, não sei exactamente quando, nem interessa para a história, sei que veio para ficar e Páscoa que se quer Páscoa por estes lados é certamente celebrada com A Vida de Brian. Lado a lado com o pão-de-ló e o queijo da serra – há hábitos que não saem nunca – ouve-se Always look on the bright side of life. Pode até ser blasfemo, censurado pelos mais fervorosos cristãos com ou sem sentido de humor, porém, poucos filmes me divertem tanto como a Vida do pobre Brian. Tomado pelo Messias desde o dia em que nasceu, o mesmo do Messias e no estábulo imediatamente ao lado, Brian vai experimentando as agruras de viver com a aura do Salvador numa sátira hilariante do implacável e corrosivo humor inglês. Estar no sítio errado à hora errada nunca foi tão verdade, pobre Brian, contudo, há sempre que olhar para o lado mais sorridente da vida.
"sei que veio para ficar e Páscoa que se quer Páscoa por estes lados é certamente celebrada com A Vida de Brian."
ResponderEliminarHehe... gosto muito do "A Vida de Brian", acho que vou adoptar essa recomendação, é que para os filmes típicos desta época já não há pachorra.
PS: Leonor, bem sei que "copiar é feio", mas essa funcionalidade no blogue é particularmente irritante. ;)
Sou fã da "Vida de Brian". Juntamente com "Adeus, Lenine" e "Buena Vista Social Club" são filmes que vejo sempre com encanto renovado e, no caso deste, com umas grandes risadas. O meu sonho era mesmo fazer dele um filme de época e passá-lo na escola aos meus alunos ;-)
ResponderEliminarLOL, Jorge, tens razão, é um bocado irritante.
Eu adoro este filme, a sua boa disposição. Os MP trazem sempre um sorriso.
ResponderEliminarSabes que eu vi este filme há "muitos anos" no liceu, não sei porquê nem em que disciplina, até porque não é o filme + indicado para uns 14 anos, digo eu, mas ficou-me sempre na memória a cena em que o "Brian" abre a janela tal como veio ao mundo. Era nova naquela altura :oP Mas não me lembrava minimamente qual era o filme, até o voltar a ver já crescidinha ;)
Isso é que é espantoso, teres visto o filme na escola. Se fosse agora ainda podia haver problemas...
ResponderEliminarPois, quem me dera lembrar-me como é que acabámos a ver o filme!
ResponderEliminarMonty Python, what else?
ResponderEliminarNunca vi, Leonor, mas fiquei com vontade de ver. ;-D
Nem de propósito, Leonor: revi ontem, mais uma vez, "A vida de Brian"! O mais engraçado é que, além de me divertir sempre da mesma maneira (mesmo sabendo ja as deixas todas de cor), descubro sempre alguma coisa de novo naquele humor inteligente e cheio de mensagens válidas. Essa, que destacas, é notável. A verdade é que o filme é uma crítica social fantástica e intemporal... não perdeu nem um bocadinho de actualidade.
ResponderEliminarbeijo e boa Páscoa
É uma das minhas passagens preferidas, também por ser intemporal e transversal a outras áreas da vida.
ResponderEliminarBeijo, Ana :-)
A vida de Brian também a vi há algum tempo. É um filme que nos ensina muita coisa, que nos transmite uma grande lição. E tem piada! Como é que posso ser melhor que isto?
ResponderEliminarOlá Daniela, bem-vinda por aqui :-)
ResponderEliminarÉ mesmo um filme único.