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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

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O que aparentemente seria um momento tranquilo transformou-se num corrupio incessante. Foi na segunda-feira, no tempo do meio da manhã, quando nada faria prever que havia de ficar esfalfada, estoirada, extenuada, literalmente exausta de tanta correria. E foi tudo isto porque me lembrei de pedir aos meus alunos de Alemão que redigissem um pequeno texto e por pequeno texto entenda-se maia dúzia de frases em que teriam de descrever sumariamente a sua rotina diária de adolescentes irrequietos. Ora aqui a professora é rapariga que não gosta de ficar sentada naturalmente mas ao escreverem as primeiras linhas os seus alunos foram acometidos de todo o tipo de dúvidas, inquietações metafísicas quanto a verbos de partícula separável, reflexos, ordem inversa e sabe-se lá mais o quê. De modo que houve  reclamações Stora, já a chamei há muito tempo, amuos  A Stora não me liga nenhuma e também ciúmes A Stora ligou primeiro ao Francisco, mas eu já a tinha chamado há mais tempo. A professora exigiu paciência, apelou ao coraçãozito transbordante dos seus meninos, lembrou-lhes que era importante que tentassem sozinhos, relembrou-os de que são muitos, duas dúzias e mais três almas, mas pensou assustada ao fechar a porta depois do último bem disposto e esfomeado Adeus, Stora e a versão alemã Tschüss! Auf Wiedersehen! como será daqui a uns anos, de onde irá buscar energia para atender a tantas solicitações. E fechou a porta.

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