As palavras hibernaram. Olho os melros na vedação, voando entre a rede e os limoeiros, escondendo-se no pinhal, regressando ao canavial e passando de novo pela rede. Assim me parecem as palavras numa trajectória indomável. Estão longe, por vezes inatingíveis e selvagens. Noutras, passam-me aqui tão perto que seria capaz de as agarrar, assim tivesse eu a destreza e a astúcia. São livres as palavras e agora que tanta falta me faziam não as consigo apanhar.
belíssima a forma como expressas a ausência de palavras. Afinal, estão sempre a dançar à tua volta...
ResponderEliminarObrigada, Belém. O meu mundo está de facto cheio de palavras, ditas, faladas e cantadas :))
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