Começo a acreditar que a grande mais-valia deste Verão foi ter conhecido o AfuradaMan. É que mais do que uma vez já tive vontade de o citar, especialmente com aquela sua palabra tão eloquente.
Desde já aviso que este não é um post para almas sensíveis mas depois de regressada do centro de preparação para o baptismo aqui na paróquia só tenho uma palabra. Fiquei a saber que, por exemplo, hoje ser cristão é muito perigoso, que se morre por ser cristão, que algures o orientador desta belíssima sessão de Sábado à tarde teve um encontro com um muçulmano, que ele chamava Mustafá, pronto Mustafá, como um nome que se dá ao gato, e que ele, o Mustafá, quando viu o crucifixo ficou alvoraçado. A advertência foi grave e peremptória Querem continuar? Continuar a ser cristãos, bem entendido. Escusado será dizer que tive mesmo vontade de lhe dizer pare, pare aqui que saio já nesta paragem. Os presentes ficaram também esclarecidos sobre o carácter do Papa, é um vaidoso, usa sapatos de marca quando há gente a morrer de fome, que a Afrodite é o equivalente à Vénus de Milo, que se os pais fossem escolher os padrinhos por serem cristãos, a sala estava vazia, que muito perdemos em não ser católicos praticantes, se não teríamos ficado a saber que há três anos uma senhora quis mudar o padrinho do filho porque o primeiro não dava nada ao segundo, aqui disse eu que havia coisas que era até melhor nem saber e recebi um olhar de serpente de volta.
Seguiram-se as proibições. Branco sujo, pérola ou beige e derivados são cores interditas nas roupas de baptizado das crianças, com esta belíssima adenda, se branco é sujo não é branco por isso não é puro. E o problema cabal foi mesmo porque um padre cá da paróquia há uns anos se deteve com um problema gravíssimo: ao ler o texto que investe as crianças deparou-se com a ausência de vestes brancas e, portanto, não podia ler aquele texto. Ainda alvitrei que o dito padre podia ter deixado cair o adjectivo, agora uma outra denominação segundo a TLEBS, e dizer só vestes. Na, na, na! Branco é branco. E ainda, nada de toalhas com bordados cor-de-rosa ou azuis, nada de fitinhas. Nada de nada, portanto. Perguntei porquê tanto ênfase nos sinais exteriores se de um sacramento se tratava, o mais importante, de resto, a razão por que ali se estava. Estava lá escrito branco e branco é sinal de quê? De pureza, acrescentei. Pronto, aí está a razão.
Dir-me-ão que tenho o livre arbítrio e que não preciso de ir à Igreja. É o que farei.
Desde já aviso que este não é um post para almas sensíveis mas depois de regressada do centro de preparação para o baptismo aqui na paróquia só tenho uma palabra. Fiquei a saber que, por exemplo, hoje ser cristão é muito perigoso, que se morre por ser cristão, que algures o orientador desta belíssima sessão de Sábado à tarde teve um encontro com um muçulmano, que ele chamava Mustafá, pronto Mustafá, como um nome que se dá ao gato, e que ele, o Mustafá, quando viu o crucifixo ficou alvoraçado. A advertência foi grave e peremptória Querem continuar? Continuar a ser cristãos, bem entendido. Escusado será dizer que tive mesmo vontade de lhe dizer pare, pare aqui que saio já nesta paragem. Os presentes ficaram também esclarecidos sobre o carácter do Papa, é um vaidoso, usa sapatos de marca quando há gente a morrer de fome, que a Afrodite é o equivalente à Vénus de Milo, que se os pais fossem escolher os padrinhos por serem cristãos, a sala estava vazia, que muito perdemos em não ser católicos praticantes, se não teríamos ficado a saber que há três anos uma senhora quis mudar o padrinho do filho porque o primeiro não dava nada ao segundo, aqui disse eu que havia coisas que era até melhor nem saber e recebi um olhar de serpente de volta.
Seguiram-se as proibições. Branco sujo, pérola ou beige e derivados são cores interditas nas roupas de baptizado das crianças, com esta belíssima adenda, se branco é sujo não é branco por isso não é puro. E o problema cabal foi mesmo porque um padre cá da paróquia há uns anos se deteve com um problema gravíssimo: ao ler o texto que investe as crianças deparou-se com a ausência de vestes brancas e, portanto, não podia ler aquele texto. Ainda alvitrei que o dito padre podia ter deixado cair o adjectivo, agora uma outra denominação segundo a TLEBS, e dizer só vestes. Na, na, na! Branco é branco. E ainda, nada de toalhas com bordados cor-de-rosa ou azuis, nada de fitinhas. Nada de nada, portanto. Perguntei porquê tanto ênfase nos sinais exteriores se de um sacramento se tratava, o mais importante, de resto, a razão por que ali se estava. Estava lá escrito branco e branco é sinal de quê? De pureza, acrescentei. Pronto, aí está a razão.
Dir-me-ão que tenho o livre arbítrio e que não preciso de ir à Igreja. É o que farei.
Francamente, isso é horrível. Porque estavas ali? Os pais da criança concordam que um sacramento tão importante para eles seja administrado por alguém tão abertamente ignorante, idiota, arrogante? (faltam-me mesmo os adjectivos)
ResponderEliminarFelizmente o baptizado não é aqui na paróquia, logo não há esse problema. Quem orientou a sessão de hoje não foi o padre, era uma casal de beatos. Já tinha tido uma má experiência quando foi para nos casarmos mas a sessão de hoje ultrapassou todos os limites, quando saí de lá até vinha nervosa e revoltada.
ResponderEliminarE claro que os pais da minha querida afilhada discordam deste tipo de discurso e atitude.
ResponderEliminarComeço a acreditar mesmo que esta terra deve ter uma energia qualquer meio marada.
Então quer dizer que a criança não é mesmo obrigada a ir de branco-mais-branco-não-há? Há alturas em que é um grande alívio não ser católica. A educação cristão que tive foi protestante, completamente diferente desses disparates, e mesmo assim acabei por me afastar. Nestas coisas sou muito Régio: não sei por onde vou, etc.
ResponderEliminarÉ caso para dizer: Valha-me Deuzzzzzzz.
ResponderEliminarNós temos um padre na familia, de quem muito gostamos e a quem convidamos para estes momentos especiais. É da minha idade e relativamente conservador, na linha que segue. Mas vive neste mundo! Não é como essa gente!!!!
Inexplicável e desolador. Das duas uma: ou a Igerja é mesmo assim ou então devia ter cuidado com as pessoas que a representam.
ResponderEliminarIgreja!
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