Ontem não me ligaste. Ontem não me ligaste a dizer Não te esqueças, amanhã muda a hora. Nem ligaste ontem para contar Olha, já mudei a hora aos relógios todos de cá de casa e relembrar-me Não se esqueçam! Ontem nem uma palavra acerca do relógio sobre a soleira da porta da sala. Uma apenas. Ontem a Mamã não me disse O Papá já mudou a hora aos relógios. Ontem senti que o tempo tinha mudado, longe das horas que mudam, desejando que não tivesse mudado ainda o tempo e me ligasses ainda a tempo de pararmos o tempo e não mudarmos as nossas horas.
Que lindo! Já me emocionei, aqui, com lembranças bem parecidas...
ResponderEliminarbjs
Que saudade tenho tido do meu pai! Depois de resolvidos as questões de sobrevivência sem a presença dele, de relativa habituação ao seu não estar e de necessariamente "esquecidos" os momentos da sua dor física, fica esta dor imensa que silenciosamente me devasta. O meu pai trazia consigo o sangue brasileiro da sua mãe e, às vezes, sinto que isso o fazia diferente na relação comigo. Bjs grandes
ResponderEliminarAinda custa, não é N.? Só atenua. Nas mais pequenas coisas a ausência doi.
ResponderEliminarBjinhos
Se dói! A ausência dói muito, bem cá dentro de nós e de uma maneira difícil de exteriorizar. Também eu, mudando a hora nos diversos relógios da casa, agora mais vazia, me lembrei que era ele que o fazia todos oa anos, meticulosamente, relógio após relógio, umas horas antes, não fôssemos esquecer... e a saudade bateu mais forte!
ResponderEliminarBjs grandes
Que dor, Papalagui. O tempo e inimigo em tantas coisas. Por mais que passe, a dor nao vai embora.
ResponderEliminarUm beijo.
Beijos, Keiko.
ResponderEliminarExactamente o que eu penso. Depois da dor da perda, parece que doi mais a que nos consome nestes pequenos momentos.
ResponderEliminarO meu também não ligou... nem se queixou "tenho fome... ontem, a esta hora já tínhamos almoçado!!!"
ResponderEliminar:o) temos de nos habituar a isso minha querida Amiga! beijos!