A Morte é a Curva da Estrada. Morrer é só não ser visto. Fernando Pessoa
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terça-feira, 1 de maio de 2007
Do primeiro de Maio
Nem tudo era mau na União Soviética. Se alguém viesse hoje ter comigo e me oferecesse trocar os vinte e cinco anos na Moscovo socialista por cinquenta anos nas praias do Havai, eu recusaria. No socialismo, eu conheci a utopia como a única realidade possível, que se transformou perante os nossos olhos numa farsa teatral. Inicialmente parecia muito realista, muito viva, mas cada vez mais a luz falhava, os actores esqueciam o texto, a música repetia-se e, de repente, a casa inteira desmoronou-se, estávamos num palco construído por uns malucos quaisquer sobre uma região pantanosa. Uma experiência assim permanece durante muito tempo. Passaram já uns bons 16 anos, a minha saudade da utopia aumentou, contudo. Procuro a utopia e escrevo afincadamente sobre ela. E, por favor, sobre o que é que eu teria para escrever no Havai? Uma análise do protector solar?
Vosso Kaminer
Wladimir Kaminer nasceu em 1967 na União Soviética. Vive em Berlim desde 1990 e tem uma vasta obra publicada sobre as suas vivências na União Soviética e as suas impressões da vida em Berlim. O humor e o poder de observação são duas peças fundamentais na sua obra.
O absoluto não existe (ou existe pouco). E, logo, o absolutamnet mau e o absolutamente bom, também não existe! Assim acredito que houvesse bom na URSS e mau no Havai! Mas eu optaria pelo Havai... Beijos
lol O Kaminer é muito irónico e muito crítico. Veio da URSS em 1990 e, na verdade, saiu-lhe a sorte grande. Tem publicado e vendido imenso, daí ele preferir a URSS. Ironicamente é ela que lhe permite ser quem é através dos livros, que não sendo obras obrigatórias servem para dar umas boas risadas. Cá em Portugal só há duas traduzidas. Beijocas
Está editado pela Cavalo de Ferro, os livros chamam-se Militärmusik e Russendisko, assim mesmo em alemão ;-) Um destes dias, assim haja tempo, vou falar dele no GR. Beijocas
O absoluto não existe (ou existe pouco). E, logo, o absolutamnet mau e o absolutamente bom, também não existe!
ResponderEliminarAssim acredito que houvesse bom na URSS e mau no Havai! Mas eu optaria pelo Havai...
Beijos
lol
ResponderEliminarO Kaminer é muito irónico e muito crítico. Veio da URSS em 1990 e, na verdade, saiu-lhe a sorte grande. Tem publicado e vendido imenso, daí ele preferir a URSS. Ironicamente é ela que lhe permite ser quem é através dos livros, que não sendo obras obrigatórias servem para dar umas boas risadas. Cá em Portugal só há duas traduzidas.
Beijocas
Vou ver se encontro. O humor como escudo/explicação para o absurdo da vida e do mundo sempre foi um tema da minha preferência ;)
ResponderEliminarBeijocas
Está editado pela Cavalo de Ferro, os livros chamam-se Militärmusik e Russendisko, assim mesmo em alemão ;-)
ResponderEliminarUm destes dias, assim haja tempo, vou falar dele no GR.
Beijocas
Assim haja tempo ...só desculpas (brincadeirinha ;)
ResponderEliminarBeijocas
E além de tudo, não é feio!
ResponderEliminarAndo mesmo sem tempo, Carlos :(
ResponderEliminarNão é mal jeitoso não, Gláucia ;-)