E estive lado a lado com o deslindar do mistério. Tinha barriga seca e respingou quando a conversa caiu nessa estrela da música portuguesa que atende pelo nome de Tony Carreira. Falava-se do cartaz das festas populares, alguém terá dito em tom jocoso que Tony Carreira iria estar já nem sei onde, respondi que já me bastara o pequeno Saúl à porta de casa e senti o olhar incisivo e cortante aqui no bicep esquerdo Ai mas não é a mesma coisa. Claramente no território do inimigo. Para mim era a mesma coisa, mas respeitava o gosto de cada um, esclareci – que lindinha e correcta – e adiantei que não entendia por que raio o homem tem aquele sucesso. Seguiu-se uma torrente de razões, que era simpático, atencioso, tinha bom aspecto, blergh, respeitava as fãs, era capaz de estar com elas três horas depois dos espectáculos, - mas quem é que quer estar três horas com aquele homem?- que era um bom comunicador, e, pronto, falava daquelas coisas com as mulheres se identificam. Coisas com que as mulheres se identificam? Serei homem? Tanto amor e lamechice, tanto caso mal resolvido, tanta mágoa a recozer-se no caldo dos amores ressentidos nem me parece saudável. Pois, pois, mas pronto não entendo como é que o mulherio faz quilómetros e quilómetros atrás do verdadeiro artista, insisti. Porque ele fala ao coração, disseram-me, é normal. Normal? Normal desatar-se, desabrir-se por esse país fora e até além fronteiras atrás de um cantor? Normal? Pois. Ora ainda se o senhor tivesse a cor dos trópicos e a ginga do José Eduardo Agualusa, a elegância, cortesia e olhar penetrante de Mia Couto, o sorriso luminoso e infantil de José Luís Peixoto, a rebeldia de Mick Jagger, fosse crescidinho como o Reynaldo Gianecchini, mesmo com aqueles pés tão feios, ou tivesse o torso do Cristiano Ronaldo até compreendia, compreendia bem, compreendia muito bem.
Com uma beijoca à menina das estrelinhas ;-)
Acabei de descobrir que também devo ser homem. Já somos duas Leonor, dessas estranhas mulheres-homem que não derretem a um olhar do Tony Carreira (que eu acho igualzinho ao saudoso Tony Silba do Herman, por sinal).
ResponderEliminarE já que falo no Herman, "eu é mais bolos", como ele diria. Mais bolos e menos caramelos...
Menos caramelos defitivamente, Ana! ;-)
ResponderEliminarO que eu não entendo é como é que não entendem que eu não entendo.
LOL!
ResponderEliminarÓ L, comparar o Tony ao Saul?! Que sacrilégio! :oP
Eu acho um exagero o histerismo, claro. Entendo que se vá atrás dele pelo país como entenderia por qualquer outro cantor, eu simplesmente gosto de o ouvir, e sim, acho que ele é simpático.
Entendo perfeitamente que não se entenda ;)
Bem, mas eu não derreto com os olhares dele, ok???
ResponderEliminar;o)
Mas concordas que o José Eduardo Agualusa é muito mais giro, certo? E algo que me diz que é rapaz para escrever um bocadito melhor, preconceito puro, já se vê ;-)
ResponderEliminarTambém não faz muito o meu género... Um George Clooney, vá lá ;)
ResponderEliminarEscreve melhor, sim :p
Pois, mas nós nunca estamos de acordo quanto aos géneros. O Clooney tem o seu charme, claro, mas para grisalha já cá ando eu ;-)
ResponderEliminarÓ melher, então e o Gianecchini? :D
ResponderEliminarO Gianeccini, sim, claro!! Venha ele!! ;)
ResponderEliminarMas e isto, não é escrever bem????
ResponderEliminarDepois de tantos anos nossa história teve um fim
Foi um amor sem planos tinha que acabar assim
Foi um amor proibido como tanta gente tem
Eu já tinha alguém, eu já tinha alguém
No fundo já esperava um adeus tinha que ver
Somente não contava sem ti não poder viver
Saiu-me tudo errado e só quando te perdi
É que eu entendi, que depois de ti
Depois de ti mais nada
Nem sol nem madrugada
Sem ti não hà amor
A vida não tem dor
LOL :op
ROTFL
ResponderEliminarLiteratura da melhor ;-)