Fiquei a saber pelos órgãos de comunicação social que sou de esquerda e isto porque ao estar indignada com as afirmações de Cavaco Silva por ter proferido que hoje, 10 de Junho se comemora o Dia da Raça, fui imediatamente catalogada e identificada com a esquerda. Ao que parece estar incomodada com a afirmação grave de um chefe de Estado catapulta-me para uma orientação política: a esquerda exige explicações. Naturalmente qualquer cidadão informado e democrático, de esquerda, direita ou centro, consciente das implicações de fazer parte de uma Europa que se quer multicultural, tolerante e respeitadora das diferenças devia sentir-se incomodado por ter um presidente que recua ao tempo da ditadura e, pior que isso, usa um conceito carregado de preconceito e racismo. Os nacionalistas agradecem. Se acontecesse na Alemanha choveriam as acusações de nazismo. Aqui são gaffes, afinal o presidente é um homem simples de Boliqueime, coitado, foi sem querer. O mais preocupante é que para Cavaco Silva o Dia de Portugal é o Dia da Raça, se assim não fosse a expressão teria sido varrida com um tempo de maior tolerância e aceitação da diferença, democrático, portanto, e jamais seria utilizada em pleno século XXI. Mas isto sou eu que sou de esquerda. Com muito gosto, obviamente.
também no GR
Terrível, Leonor.
ResponderEliminarTenho andado furibunda, Martha.
ResponderEliminarfoi bonito, muito bonito.... o "deslize" do sr! És uma comuna e eu ao que parece também!!!!
ResponderEliminarFoi lindo! E a tentativa de branqueamento um nojo. Asco, asco puro, é o que sinto desde ontem :S
ResponderEliminarAinda por cima essa história das raças está complemente ultrapassada desde a descoberta do genoma humano. Só há uma raça: a humana. As diferenças de pele são étnicas e têm que ver com questões climáticas, sobretudo. Falar de raças, hoje em dia, é ignorância pura. Ou seja, temos um presidente ignorante. Como se já não bastasse...
ResponderEliminarBolas.
Exactamente, Ana!
ResponderEliminarOlha, também devo ser de esquerda...
ResponderEliminarEntão e agora nós não podemos voltar a implementar a picadinha atrás da orelha, não? Ah, e criancinhas ao pequeno almoço, quantas é que já comeste hoje, Leonor?
Hoje ainda nenhuma, a criançada da vizinhança está recolhida ;-)
ResponderEliminarSanta ignorância...
ResponderEliminar"Dia da Raça"... E então?
Antes de criticarem o sr. Cavaco (por quem não nutro qualquer simpatia ou admiração), pelo uso da expressão que classificam como "racista", "xenófoba", "preconceituosa", sei lá o que mais,deveriam tentar entender o seu verdadeiro significado!
O 10 de Junho é o Dia da Raça, ou seja, o Dia consagrado ao Génio Português, ao Povo de Portugal, à Nação Portuguesa!
Nada há de racismo (!!!) nessa expressão, senhores!!!
Com a minha quarta classe dos tempos da ditadura, parece-me ter entendido fácilmente o que a vós, mentes luminosas e esclarecidas, passou por completo...
Saudações!
Nós, as mentes esclarecidas, já percebemos onde o Cavaco Silva foi buscar a expressão naturalmente. O que nós, mentes esclarecidas, já entendemos, lamento se a informação não passou por aí, até porque há coisas que a quarta classe do Estado Novo ainda não sabia nem ensinava, é que o próprio conceito de raça já foi abolido pela ciência e que a expressão está carregada de uma sentimento de superioridade da 'raça' ou o que é que se comemorava no tempo do Salazar? Que 'raça' era essa?
ResponderEliminarMuitos dos que andam para aí a defender essa expressão nem tinham lugar numa sociedade onde a 'raça' é valorizada.
O 10 de Junho ERA o Dia da Raça, agora é o Dia de Portugal.
O que, quer-me parecer, "raça", no sentido que lhe atribuímos, não combina com Portugal, já que este é um conjunto de vários povos, várias etnias. Tanto agora como desde sempre. Portanto, é o Dia de Portugal, sim senhor, amálgama de várias "raças", etnias, povos, gentes. E não só de uma - que essa, assim, não existe; nunca vi.
ResponderEliminarDia de Portugal, claro! :-)
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