O Marilyn Manson tem lugar cativo nas minhas aulas. Senta-se lá para o fundo, mantém-se calmo e observador e tem, regra geral, pasme-se, uma presença discreta, não fossem aqueles olhos.
Primeiro a conversa desenrola-se em torno da música, já se sabe, tema que oferece grande consenso entre os adolescentes embora os gostos específicos de cada uma os coloque amiúde nos antípodas, muitas vezes com placas ao pescoço atribuídas mutuamente. Depois inevitavelmente o rapaz é chamado. E lá andávamos tranquilamente, tão tranquilos quanto possível, já se vê, quando o Marilyn Manson me salta ao caminho A stora sabe o que é o Marilyn Manson fez? Ora, ora. Quem não sabe? Respondi apenas Sim, sei. A garota não se deu por satisfeita, não se daria por satisfeita mesmo uma dúzia de perguntas depois Mas, ó stora, a stora sabe mesmo? Sim, sei mesmo. Nova intentona Sabe, stora? Sabe. A Stora sabe e a stora, já estando pelos cabelos com o mito criado, ordenou que o questionário parasse de imediato. Ela sabia, eu sabia, todos sabiam. Ponto final. Avisei que era mito, ela não quis saber. Mas ó stora... As estrelas vivem de mitos. Arremessou-me um olhar cúmplice. Nos olhos li-lhe Ah tu sabes… Tocou, entretanto, e o Marilyn Manson saiu com os restantes alunos. Rosnou qualquer coisa entre dentes, diz que estava farto da mesma conversa. Pois, compreendo-te, imagina eu, ainda lhe disse, mas estava já no meio do pátio como bola de ping-pong nas conversas das garotas.
A última vez que ele me apareceu foi exactamente no meio de uma outra conversa sobre gente bizarra e música. Ao contrário da aluna anterior, que se mostrou insistente mas que acabou por se resignar, sabe deus como, desta feita, não houve quem calasse o rapazola púbere, de resto, não há quem cale o rapazola púbere em situação alguma. Um verdadeiro one man show assumido e aclamado, sempre bem disposto e eléctrico, que só sossega quando se lhe diz que quando quer sabe comportar-se ou que é miúdo inteligente, que podia ter melhores resultados, palavras doces e sinceras amansam qualquer fera, este diabrete incluído, excepto quando as hormonas se manifestam, portanto, aqui a pobre stora não teve sequer tempo, hipótese ou possibilidade de apaziguar a conversa e deixar o Marilyn Manson descansado. Stora, o Marilyn Manson é uma ganda maluco, sim, pois, claro, ao que acrescentou transgressor e triunfante Tirou as costelas para fazer falácias a ele próprio. Ganda maluco! Eu sabia. Aqueles olhos não enganam ninguém. Eu sabia que havia algo errado com o mafarrico, desconhecia era que fossem as falácias. Francamente, ó Marilyn Manson.
Primeiro a conversa desenrola-se em torno da música, já se sabe, tema que oferece grande consenso entre os adolescentes embora os gostos específicos de cada uma os coloque amiúde nos antípodas, muitas vezes com placas ao pescoço atribuídas mutuamente. Depois inevitavelmente o rapaz é chamado. E lá andávamos tranquilamente, tão tranquilos quanto possível, já se vê, quando o Marilyn Manson me salta ao caminho A stora sabe o que é o Marilyn Manson fez? Ora, ora. Quem não sabe? Respondi apenas Sim, sei. A garota não se deu por satisfeita, não se daria por satisfeita mesmo uma dúzia de perguntas depois Mas, ó stora, a stora sabe mesmo? Sim, sei mesmo. Nova intentona Sabe, stora? Sabe. A Stora sabe e a stora, já estando pelos cabelos com o mito criado, ordenou que o questionário parasse de imediato. Ela sabia, eu sabia, todos sabiam. Ponto final. Avisei que era mito, ela não quis saber. Mas ó stora... As estrelas vivem de mitos. Arremessou-me um olhar cúmplice. Nos olhos li-lhe Ah tu sabes… Tocou, entretanto, e o Marilyn Manson saiu com os restantes alunos. Rosnou qualquer coisa entre dentes, diz que estava farto da mesma conversa. Pois, compreendo-te, imagina eu, ainda lhe disse, mas estava já no meio do pátio como bola de ping-pong nas conversas das garotas.
A última vez que ele me apareceu foi exactamente no meio de uma outra conversa sobre gente bizarra e música. Ao contrário da aluna anterior, que se mostrou insistente mas que acabou por se resignar, sabe deus como, desta feita, não houve quem calasse o rapazola púbere, de resto, não há quem cale o rapazola púbere em situação alguma. Um verdadeiro one man show assumido e aclamado, sempre bem disposto e eléctrico, que só sossega quando se lhe diz que quando quer sabe comportar-se ou que é miúdo inteligente, que podia ter melhores resultados, palavras doces e sinceras amansam qualquer fera, este diabrete incluído, excepto quando as hormonas se manifestam, portanto, aqui a pobre stora não teve sequer tempo, hipótese ou possibilidade de apaziguar a conversa e deixar o Marilyn Manson descansado. Stora, o Marilyn Manson é uma ganda maluco, sim, pois, claro, ao que acrescentou transgressor e triunfante Tirou as costelas para fazer falácias a ele próprio. Ganda maluco! Eu sabia. Aqueles olhos não enganam ninguém. Eu sabia que havia algo errado com o mafarrico, desconhecia era que fossem as falácias. Francamente, ó Marilyn Manson.
Olha, podes dizer à tua aluna que eu não sabia de nada.
ResponderEliminar:)
LOL! Vá lá, podia ter usado outra palavra...
ResponderEliminarAchas mesmo que é mito? Daquele tipinho não me admirava nada! ;o)
LOL
ResponderEliminarMuito bom!
ResponderEliminarVivam as falácias!
O que me ri com as falácias... mas concordo, pelo menos tentou usar linguagem técnica ;-)
ResponderEliminarLOL!
ResponderEliminarUma falácia para ti, uma falácia para mim, outra para quem a apanhar!!!
Alto e para o baile! Eu cá não quero falácia nenhuma ;-)
ResponderEliminarLOOOL! :)
ResponderEliminarahahahahaahahaahahah!!
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