Palavras. Palavras que procuro. Palavras que me faltam sempre que a vida nos atropela e deixa com a certeza de que os desígnios são palavras vãs e conceitos sem sentido em tempo de coração apertado, com a ausência sentada em nós, o coração apertado com o torniquete da saudade tão recente. Mas procuro palavras. Palavras que possam confortar a C.. Palavras que a abracem com o carinho pleno da amizade e que amenizem o silêncio que a partida deixou. A morte é a curva da estrada, penso, morrer é só não ser visto. E morrer é só não ser visto, uma curva que aparece lá longe no caminho que trilhamos e que alberga os nossos ausentes, afinal tão presentes. Um dia voltará o sorriso, querida C.. Enquanto isso procurarei as palavras.
Sabes que me fartei de pensar em ti estes dias e fui reler os teus posts que "já" fazem 4 anos. E todas as palavras que reli me confortaram, até porque eu, infelizmente, não tinha com o meu pai a relação fantástica e invejável que tu tinhas com o teu.
ResponderEliminarTemos o que a vida nos dá, nalguns casos conseguimos mais, noutros não.
Sei que estás aí desse lado e sei que entendes mais até do que eu, porque sentiste, sentes, mais do que eu, porque o teu pai esteve mesmo ao teu lado toda a sua vida e o meu não esteve tão presente na minha. E que agora sofres por mim e por ti.
O sorriso que agora falta às vezes é mais pelo pai que não tive enquanto estava vivo do que pelo que não tenho agora, por uma vida que podia ter sido diferente... é difícil explicar sem parecer que agora a sua ausência não doi.
A vida atropela-nos mas quando há amigos como tu mesmo ao lado a dar a mão para nos levantarmos, não são precisas mais palavras.
Eles estão lá em cima a tomar conta de nós.
Beijo grande para ti.
Depois de ler o teu post, senti-me a reviver a morte do meu pai pela rapidez dos acontecimentos, a sensação de que estamos a ser empurrados por uma vida que de repente se fez madrasta e que nem nos deixa pensar, mas nos impele a agir. Mas não quero ser egoísta, neste momento os meus pensamentos estão contigo, querida Cláudia.
ResponderEliminarCompreendo tudo o que dizes. Estarei sempre aqui.
Beijinhos grandes
Não és nada egoísta, é perfeitamente natural e principalmente tão em cima da data.
ResponderEliminarAinda bem que compreendes :)
Beijos.
Pois, é muito em cima da data.
ResponderEliminarEm relação ao resto, claro que compreendo. As relações entre as pessoas são muito complicadas e muito diferentes, logo não há uma única forma de estar e muito menos de sentir.
Beijoquinhas :)
Também eu perdi o meu pai, cedo demais e que mais me custa ao fim de 24 anos volvidos da sua morte foi nunca ter tido a oportunidade de lhe dizer:
ResponderEliminarAmo-te Pai.
Percebo perfeitamente a vossa dor e a vossa saudade.
Beijinhos ás duas: Leonor e Fantasma.
E hoje, abraços apertados também para ti.
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Obrigada, Ana, beijinhos também para si.
ResponderEliminarObrigada, C. Que memória a tua :)
Há coisas que não se esquecem. Beijos :)
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