Foi ontem. Com dinheiro fresco na carteira e a decisão de não deixar compras para última da hora, resolvi embarcar calmamente nas primeiras compras de Natal. O dia estava cinzento e triste, com poucos transeuntes e as lojas anunciando, pela falta de novidades, a crise e a recessão de que tanto se fala e melhor se sente.
Entro na loja e abeiro-me das inúmeras lembranças natalícias. Nem uma alma além de mim e da empregada. Decido-me sem grande esforço por uma insignificância que, mesmo sendo insignificância, não deixa de ser uma lembrança e meritória de um embrulho decente sem exuberâncias e falsas esperanças da simplicidade do conteúdo. Admito que já fui rapariga mais paciente mas, aos quarenta e cinco anos, surgiu uma espécie de intolerância vetusta, um frenesim miúdo e uma dificuldade em levar desaforo para casa. Não é preciso mudar para o outro passeio se me avistarem na rua, continuo sensivelmente a mesma pessoa, embora algo, a acompanhar a decadência do corpo, me tenha invadido. Terá sido quiçá por isso que, depois de empregada me apresentar um embrulho todo mal amanhado com o presente verdadeiramente solto lá dentro abanicando desajeitadamente para cá e para lá e o papel amarfanhado pela absoluta falta de jeito, que reclamei. A rapariga não achou muita piada, mesmo que as palavras não tenham sido agressivas e retomou a tarefa hercúlea, pasme-se, de embrulhar o presente. E foi aqui que tocou o sinal de alarme. Imaginem a cor, a cor do papel. Em vez de um natalício cheio de renas e pais-natal, arruma-me com um azul cueca. Há quem lhe chame karma, sina ou destino. Cá por mim, tenho uma malapata com o azul cueca. Valham-me os deuses.
Ahahahhahahahahhahah!!
ResponderEliminarBom fim-de-semana!
:D
ResponderEliminarNem sei que dizer!!!! Beijos!
Bom fim-de-semana, Sónia :)
ResponderEliminarNem eu, mas azul cueca é uma cor muito natalícia :)))
Beijos
O que eu me revi, meu Deus! Acho que nem se trata de um pormenor que a idade nos traz, se assim fosse eu talvez fosse uma cinquentona entrada em vez d euma trintona entrada. A paciência esgota-se é um facto.
ResponderEliminarLeonor, não sei avaliar se azul cueca é, ou não, uma cor natalícia, mas eu também não vou à bola com essa cor. Basta atentarmos no nome: azul cueca? azul cueca? e isso lá é nome de cor?... safa! A malapata é legítima! ;-)
ResponderEliminarNunca fui uma rapariga muito paciente, é verdade, Blonde, mas agora estou levemente pior.
ResponderEliminarO que me irritou foi a total falta de jeito e acharem que tudo se aceita.
É, não é Mike? Iamgine-se agora a trabalhar numa escola azul cueca... :)))))))))))))))
Eh eh eh Leonor, com que então papel azul cueca por alturas natalinas :))))
ResponderEliminarahahahahahah! o' Leonor ... ca' pr'a mim a rapariga le o blog!
ResponderEliminarDas duas uma. (não acredito que seja nome de cor ). Para acabar com a malapata......mude de cuecas ou de azul. Ah! Ah!Ah! Ah! Viva o espirito natalicio.
ResponderEliminarSó vos digo que é horroroso! Lá vou eu ter de embrulhar o presente outra vez :)
ResponderEliminarSó mesmo mudando de cor, zeparafuso :)