Jedes Jahr sollte um einen Tag länger sein als das vorangegangene: ein neuer Tag, an dem noch nie etwas geschehen ist, ein Tag, an dem niemand starb*
Elias Canetti
*Todos os anos deviam ser um dia mais longo do que o anterior, um dia novo no qual algo inédito aconteceria, um dia em que ninguém morreria.
Enquanto Canetti viveu obcecado com a ideia da morte em virtude da perda prematura do pai quando ele era ainda criança, tal como é narrado no primeiro volume da sua autobiografia Die gerettete Zunge, Saramago começa o seu último romance exactamente nesse tal dia imaginado em que ninguém morreu, em que a morte decidiu renunciar ao seu poder e que Canetti esperaria ter sido o dia da morte do seu pai, tal como eu do meu.
Nao sei porque, mas ao ler o teu post lembre-me de umas palavras que as vezes se dizem na liturgia catolica
ResponderEliminarNa esperanca do domingo que nao tem ocaso
Não sou frequentadora assídua das celebrações eucarísticas. A minha relação com a religião é muito ambígua. Mesmo quando penso que o meu pai estará em algum outro lugar, não é na maior parte das vezes pensando em Céu ou Inferno. Recorro-me muito dessas imagens mas tem mais a ver com o meu universo de escrita.
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