Na sala, do lado direito, a árvore voltou ao lugar de sempre. No canto, encostada à parede, como sempre. As fitas de sempre, douradas e vermelhas, apenas duas grinaldas, uma de cada, simplicidade, dizias. Estrelas douradas intercalam com as vermelhas. Um ou outro anjo, perdido no labirinto dos ramos artificialmente verdejantes e viçosos, discrepantes do azevinho lá fora no jardim, este ano tímido. Ornamentos trazidos com carinho dos mercados de Natal mais a Norte, enquanto palavras em línguas ininteligíveis se cruzavam com o perfume do Glühwein, o travo mais retemperador que os invernos austeros conhecem e as almas natalícias desejam. Os presentes quase todos comprados. As aulas que acabaram e o ano que resvala para o precipício final. Tudo se compõe neste tempo que se quer de Natal. Só faltas tu, papá.
Ele só falta de modo visível. De resto continua cá, nos vossos corações.
ResponderEliminarBeijo grande, grande!
Mas a falta que ele me faz...
ResponderEliminarAcredito, linda, acredito...
ResponderEliminarBjoss
Como eu te compreendo!
ResponderEliminarNo entanto sinto a sua "presença" em tudo o que faço, em tudo o que digo, em cada momento que vivo!Tal como tu, estou certa; e isso parece, mas só parece, tornar mais leve a sua ausência!
Vá, sorri, que ele não gosta de te ver triste!
Jinhos
Percebo-te muito bem, Leonor. Este Natal é o meu primeiro.
ResponderEliminarE o meu também, claro. Como eu te percebo também...
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