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segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Faltas tu

Na sala, do lado direito, a árvore voltou ao lugar de sempre. No canto, encostada à parede, como sempre. As fitas de sempre, douradas e vermelhas, apenas duas grinaldas, uma de cada, simplicidade, dizias. Estrelas douradas intercalam com as vermelhas. Um ou outro anjo, perdido no labirinto dos ramos artificialmente verdejantes e viçosos, discrepantes do azevinho lá fora no jardim, este ano tímido. Ornamentos trazidos com carinho dos mercados de Natal mais a Norte, enquanto palavras em línguas ininteligíveis se cruzavam com o perfume do Glühwein, o travo mais retemperador que os invernos austeros conhecem e as almas natalícias desejam. Os presentes quase todos comprados. As aulas que acabaram e o ano que resvala para o precipício final. Tudo se compõe neste tempo que se quer de Natal. Só faltas tu, papá.

6 comentários:

  1. Ele só falta de modo visível. De resto continua cá, nos vossos corações.
    Beijo grande, grande!

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  2. Acredito, linda, acredito...
    Bjoss

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  3. Como eu te compreendo!
    No entanto sinto a sua "presença" em tudo o que faço, em tudo o que digo, em cada momento que vivo!Tal como tu, estou certa; e isso parece, mas só parece, tornar mais leve a sua ausência!
    Vá, sorri, que ele não gosta de te ver triste!
    Jinhos

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  4. Percebo-te muito bem, Leonor. Este Natal é o meu primeiro.

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  5. E o meu também, claro. Como eu te percebo também...

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