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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Terça-feira


Maria Odete não foi sempre assim. Muito antes deste mal que lhe afligia os humores e a fazia espojar-se no chão como uma égua relinchante, tempos houve em que Maria Odete era mulher pujante, equilibrada em saltos vertiginosos, prazeirosa em ostentar roupas, ouros refulgentes e carros vistosos na proporção dos restantes acessórios.

O resto pode ser lido no sítio onde sete mulheres cavaqueiam a seu bel-prazer, no PNETMulher, já se sabe.

8 comentários:

  1. A história da Maria Odete é essa e é uma história muito bem contada pela Leonor. De uma sensibilidade extrema mas contundente. Gostei de a ler. Aproveito para confidenciar que, e sabendo que correrei o risco de ser olhado de soslaio, quando não puder tomar conta de mim me espera um lar. Por vontade própria. E se eu sei o tamanho do afecto e amor que os meus filhos têm por mim. Mas será como quero e estou certo que me entenderão. Excelente post, Leonor. :-)

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  2. Claro que sim, Mike, a história que conto ficou-me na cabeça porque assim que a Maria Odete teve a primeira pataleta os filhos andaram à procura de um lar. É uma história mirabolante. Infelizmente tive o meu pai no hospital e nunca em momento algum tive o descaramento de pensar em arranjar-lhe um lar... Obrigada, Mike :-)

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  3. Gostei imenso da sua Maria Odete. Gritantemente real.

    Parabéns!

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  4. Ainda bem que esta semana consegui ler :)
    Beijos.

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  5. Obrigada, CNS, foi baseada num caso verídico.

    Ainda bem, fantasminha :-)

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  6. Leonor, a questão do lar, que só se coloca em relação à minha mãe, jamais foi sequer ponderada por mim ou pelo meu irmão. Mas comigo... comigo quero que seja assim, como lhe disse. :-)

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  7. Felizmente, nenhum dos meus pais precisou de ir para um lar. Morreram ambos em casa, como queriam, com os filhos à volta. Mas nem sempre isto é possível, eu sei. O pior é quando é possível e os filhos não querem ter trabalho...

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  8. Claro, Mike :-)

    O problema, como dizes, Ana, é quando podem e não estão para isso.

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